Calum Worthy enfrenta Críticas por App de Avatares de Falecidos
Famoso por interpretar o personagem Dez em Austin & Ally, da Disney, está no centro de uma tempestade de críticas nas redes sociais. A razão? Ele é cofundador de um aplicativo chamado 2wai, que promete trazer entes queridos falecidos de volta à vida através de avatares gerados por inteligência artificial (IA).
O Que é o 2wai?
O 2wai é uma inovação tecnológica que promete fazer com que “entes queridos que perdemos façam parte do nosso futuro”. O anúncio foi feito nas redes sociais de Worthy, acompanhado de um vídeo promocional que demonstra como isso funcionaria na prática. No vídeo, vemos uma mulher interagindo com o avatar de sua falecida mãe para compartilhar detalhes de sua maternidade e fazer com que a avó participe da vida de seu neto, lendo histórias e acompanhando-o a caminho da escola. À medida que o tempo passa, o neto cresce e passa pelo mesmo processo envolvendo o mesmo avatar de sua avó, mas dessa vez com o seu próprio filho.
De acordo com Calum Worthy, o 2wai é uma forma de construir um arquivo vivo da humanidade, que começa com avatares gerados por IA. A ideia é criar um banco de dados digital que permita às futuras gerações interagir com as personalidades e memórias de pessoas que já se foram. Isso poderia ser visto como uma forma de preservar a herança cultural e familiar, mas também levanta questões éticas e morais complexas.
A Reação do Público
A notícia sobre o 2wai chamou atenção do público e gerou fortes reações nas redes sociais. Muitos internautas criticaram Calum Worthy por participar da criação do aplicativo, alegando que é um desrespeito com entes queridos que já faleceram. Eles afirmam que criar um avatar usando IA para reproduzir a aparência e personalidade de uma pessoa falecida é completamente “desonesto e desumanizante”.
Alex Hirsch, criador da animação Gravity Falls, também comentou sobre o assunto e disse que o aplicativo é “uma das coisas mais repugnantes que já viu na vida”. Em uma publicação no Twitter, ele escreveu: “This is one of the most vile things I’ve seen in my life” (Uma das coisas mais repugnantes que já vi na vida). A declaração de Hirsch ressoou com muitos usuários, que compartilharam sua opinião e criticaram a iniciativa.
Alguns internautas também utilizaram humor como crítica. Alex Napier, por exemplo, respondeu à publicação de Worthy com: “Tem certeza de que deseja cancelar sua assinatura e nunca mais falar com seus pais falecidos?”, fazendo uma representação do que provavelmente aconteceria se o usuário parasse de pagar para utilizar o aplicativo. Outras respostas afirmaram que a proposta renderia um episódio da série Black Mirror.
Implicações Éticas e Legais
Ao além da reação negativa do público, o 2wai também levanta questões éticas e legais importantes. A utilização de imagens e personalidades de pessoas falecidas sem o consentimento prévio pode ser vista como uma violação de privacidade e dignidade. Além disso, há preocupações sobre a autenticidade e a moralidade de criar avatares que simulam a presença de entes queridos falecidos. Essa tecnologia pode afetar a forma como as pessoas lidam com o luto e a memória dos que se foram.
Outra questão é a responsabilidade legal. Quem será responsável se o avatar gerado pela IA disser algo ofensivo ou prejudicial? Como será regulada a criação e uso desses avatares? Essas são perguntas que precisam ser respondidas antes que a tecnologia seja amplamente adotada.
Visão Futurista
Apesar das críticas, Calum Worthy e os desenvolvedores do 2wai veem seu aplicativo como uma forma de honrar a memória das pessoas falecidas e manter suas histórias vivas para as futuras gerações. Eles argumentam que a tecnologia pode ser uma ferramenta poderosa para a preservação cultural e emocional. No entanto, é evidente que a discussão sobre a ética e o impacto emocional dessa tecnologia ainda está apenas começando.
Se o 2wai ganhar tração, é possível que vejamos mais aplicações semelhantes no futuro. A tecnologia de IA continua a evoluir rapidamente, e a fronteira entre o virtual e o real está cada vez mais tênue. A questão é: até que ponto estamos dispostos a ir para preservar as memórias de quem amamos?
O que temos então?
O 2wai é um exemplo intrigante da forma como a tecnologia pode ser usada para abordar questões profundamente pessoais e emocionais. Embora a intenção por trás do aplicativo seja nobre, as críticas levantadas mostram que há muito a ser considerado antes de adotarmos tais tecnologias. Calum Worthy, até o momento, não se pronunciou sobre as críticas, mas a discussão já está aberta. Você acha que essa tecnologia tem potencial para beneficiar as pessoas, ou é uma linha que não deveríamos cruzar? Deixe sua opinião nos comentários!





